quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Malala (He Named Me Malala)

País: EUA
Ano: 2015
Gênero: Documentário
Duração: 88 min
Direção: Davis Guggenhein
Elenco: Malala Yousafzai

Sinopse: o documentário coloca um olhar sobre os eventos que aconteceram com Malala Yousafzai, uma jovem paquistanesa atacada pelo Talibã por falar sobre a educação das mulheres e suas consequências, incluindo seu discurso na ONU.

Crítica: no documentário, atual e inspirador, retrata-se a história pessoal da menina que levou um tiro após desafiar o talibã, falar publicamente que todas as meninas do Afeganistão tinham o direito de estudar e que o regime não poderia impedi-la.
Malala tornou-se ativista dos direitos das mulheres e a mais nova vencedora do Prêmio Nobel da Paz (2014). Sua luta contra o preconceito, de forma pacífica, tem sido motivo de admiração em todo o mundo. Aos 17 anos, ela está convicta do que é certo para ela e para o seu país.
A ótima produção, graças a um roteiro em trabalhado e à montagem feita com perfeição, traz recursos gráficos e de animação ilustrando situações vividas por ela e sua família.
Como o pai de Malala tinha uma escola e ensinava lá, a menina cresceu envolvida com o amor pelos livros e pelo aprendizado; nunca em seu lar foi privada de estudar ou de participar das conversas do pai com os amigos sobre política ou religião. Diferentemente da maioria das meninas do Afeganistão que são analfabetas, ela sempre frequentou escola e teve boas notas. Seu pai sempre a incentivou a pensar, e a apoiou nas escolhas de se pronunciar quanto à sua opinião sobre as ações do talibã no tocante à educação feminina no Afeganistão.
Após o ataque, Malala e sua família mudaram-se para Inglaterra para tratar de sua saúde, onde vivem até hoje. No filme vemos que ela se sente mais à vontade falando para centenas de pessoas em palestras sobre suas causas ativistas, discursando para meninas que sofrem a opressão que ela já sofreu, do que sendo uma aluna na sua nova escola.
Em uma de suas ótimas declarações acerca do Talibá, ela diz: "Não é uma questão de fé, é uma questão de poder."
Não há como não se comover com a história.

Avaliação: ***

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