Corações Sujos
País: Brasil
Ano: 2011
Gênero: Drama
Duração: 90 min
Direção: Vicente Amorim
Elenco: Tsuyoshi Ihara, Takako Tokiwa, Issamu Yazaki, Eiji Okuda, Shun Sugata, Kimiko Yo, Celine Miyuki e Eduardo Moscovis.
Sinopse: um filme sobre intolerância, fundamentalismo, racismo e amor, baseado no bestseller de Fernando Morais e passado no interior de São Paulo logo depois da Segunda Guerra Mundial. Ele conta a história do imigrante japonês Takahashi (Tsuyoshi Ihara), dono de uma pequena loja de fotografia, casado com Miyuki (Takako Tokiwa), uma professora primária. Inspirado em fatos reais, Corações Sujos nos mostra a transformação de Takahashi de homem comum em assassino, enquanto sua mulher luta contra o destino, tentando em vão salvar seu amor em meio ao caos e à violência.
Curiosidade: baseado no livro homônimo de Fernando Morais, sobre um capítulo pouco conhecido e bastante sangrento da história da imigração japonesa no país. O elenco é liderado por japoneses, e o filme será 70% falado em japonês.
Crítica: eu aguardei com ansiedade o filme “Corações Sujos”, mas o que prometia ser não foi. Em vez de grandioso, já que se baseava no excelente livro de Fernando Morais (sustentado em ampla pesquisa e abordando diferentes épocas, histórias e personagens), é um filme pequeno, singelo e sem impacto. Inúmeras situações poderiam ser exploradas, mas o diretor optou por resumir o drama vivido pelos imigrantes japoneses no Brasil do pós-Segunda Guerra se concentrando em dois personagens centrais: Takahashi (Tsuyoshi Ihara, de Cartas de Iwo Jima) e Miyuki (Takako Tokiwa, famosa atriz da TV japonesa).
Takahashi é dono de uma pequena loja de fotografia no interior de São Paulo e casado com Miyuki, uma professora primária. A história mostra a transformação de um homem comum em assassino, enquanto sua mulher luta contra o destino, tentando em vão salvar seu amor em meio ao caos e à violência. Por trás disso se desenrola a história maior, do Brasil pós-Guerra, onde a imensa população de imigrantes japoneses era reprimida pelo Estado e formada por gente de pouca instrução. Cenário onde surgem organizações alimentadas pela ignorância, dedicadas a divulgar a “verdade” da vitória do Japão na guerra e a reprimir e assassinar os “derrotistas”, apelidados pejorativamente de “corações sujos”. Takahashi reluta, mas acaba se tornando membro de uma dessas gangues. A escolha feita por ele, em nome do Espírito Japonês, mudará para sempre sua vida e a de Miyuki.
O filme tem boa direção de arte, bela fotografia e conta com um elenco de atores orientais de peso. Aliás, com melhores atuações do que a dos poucos brasileiros que estão no longa.
Mas ao final da sessão, tem-se a impressão de que faltou algo. A história é mal desenvolvida devido a um roteiro com falhas. Excedeu-se na preocupação com a parte estética e esqueceu-se do básico: o conteúdo. No balanço geral, pode-se dizer apenas que é uma obra razoável.
Avaliação: **
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