Metrópolis (Metropoles)
País: Alemanha
Ano: 1927
Gênero: Ficção
científica
Duração: 210
min
Direção: Fritz
Lang
Elenco: Brigitte Helm,
Alfred Abel, Gustav Frohlich, Rudolph Klein-Rogge, Heinrich George e Theodor
Loos.
Sinopse: Metrópolis, ano 2026. Os poderosos ficam na
superfície, onde há o Jardim dos Prazeres, destinado aos filhos dos mestres. Os
operários, em regime de escravidão, trabalham bem abaixo da superfície, na
Cidade dos Trabalhadores. Esta poderosa cidade é governada por Joh Fredersen
(Alfred Abel), um insensível capitalista cujo único filho, Freder (Gustav
Fröhlich), leva uma vida idílica, desfrutando dos maravilhosos jardins. Mas um
dia Freder conhece Maria (Brigitte Helm), a líder espiritual dos operários, que
cuida dos filhos dos escravos. Ele conversa com seu pai sobre o contraste
social existente, mas recebe como resposta que é assim que as coisas devem ser.
Quando Josafá (Theodor Loos) é demitido por Joh, por não ter mostrado plantas
que estavam em poder dos operários, Freder pede sua ajuda. Paralelamente
Rotwang (Rudolf Klein-Rogge), um inventor louco que está a serviço de Joh, diz
ao seu patrão que seu trabalho está concluído, pois criou um robô à imagem do
homem. Ele diz que agora não haverá necessidade de trabalhadores humanos, sendo
que em breve terá um robô que ninguém conseguirá diferenciar de um ser vivo.
Além disto decifra as plantas, que são de antigas catacumbas que ficam na parte
mais profunda da cidade. Curioso em saber o que interessa tanto aos operários,
Joh e Rotwang decidem espioná-los usando uma passagem secreta. Ao assistir a
uma reunião, onde Maria prega aos operários lhes implorando que rejeitem o uso
de violência para melhorar o destino e pensar em termos de amor, dizendo ainda
que o Salvador algum dia virá na forma de um mediador. Mas mesmo este menor ato
de desafio é muito para Joh, que ouviu a fala na companhia de Rotwang. Assim,
Joh ordena que o robô tenha a aparência de Maria e diz para Rotwang escondê-la
na sua casa, para que o robô se infiltre entre os operários para semear a
discórdia entre eles e destruir a confiança que sentem por Maria. Mas Joh não
podia imaginar uma coisa: Freder está apaixonado por Maria.
Crítica: é um dos melhores filmes da era do cinema mudo,
considerando-se, claro, os recursos disponíveis de então.
Em um cenário de grandes
cidades, com construções magníficas, viadutos, pontes e muitos carros, o sempre
crítico Fritz Lang lança mão de sua visão sobre a humanidade no futuro:
desigualdade social, exploração da mão-de-obra barata e a tecnologia a serviço
do mal. Dá para imaginar que ele pensou em um robô com a aparência de um
humano? Os efeitos especiais usados são incríveis. A história é dividida em
atos, assim como em uma peça de teatro.
Uma pena é a interpretação
exagerada e teatral do protagonista e que parte do filme tenha se perdido (alguns
momentos são preenchidos com texto-legenda para explicar o que acontece).
De qualquer maneira, é uma obra
de grande valor do gênio que inspirou, nada mais nada mesmo, que Alfred
Hitchcock, o mestre do suspense.
Avaliação: ***
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