sábado, 23 de agosto de 2014

Metrópolis (Metropoles)

País: Alemanha
Ano: 1927
Gênero: Ficção científica
Duração: 210 min
Direção: Fritz Lang
Elenco: Brigitte Helm, Alfred Abel, Gustav Frohlich, Rudolph Klein-Rogge, Heinrich George e Theodor Loos.

Sinopse: Metrópolis, ano 2026. Os poderosos ficam na superfície, onde há o Jardim dos Prazeres, destinado aos filhos dos mestres. Os operários, em regime de escravidão, trabalham bem abaixo da superfície, na Cidade dos Trabalhadores. Esta poderosa cidade é governada por Joh Fredersen (Alfred Abel), um insensível capitalista cujo único filho, Freder (Gustav Fröhlich), leva uma vida idílica, desfrutando dos maravilhosos jardins. Mas um dia Freder conhece Maria (Brigitte Helm), a líder espiritual dos operários, que cuida dos filhos dos escravos. Ele conversa com seu pai sobre o contraste social existente, mas recebe como resposta que é assim que as coisas devem ser. Quando Josafá (Theodor Loos) é demitido por Joh, por não ter mostrado plantas que estavam em poder dos operários, Freder pede sua ajuda. Paralelamente Rotwang (Rudolf Klein-Rogge), um inventor louco que está a serviço de Joh, diz ao seu patrão que seu trabalho está concluído, pois criou um robô à imagem do homem. Ele diz que agora não haverá necessidade de trabalhadores humanos, sendo que em breve terá um robô que ninguém conseguirá diferenciar de um ser vivo. Além disto decifra as plantas, que são de antigas catacumbas que ficam na parte mais profunda da cidade. Curioso em saber o que interessa tanto aos operários, Joh e Rotwang decidem espioná-los usando uma passagem secreta. Ao assistir a uma reunião, onde Maria prega aos operários lhes implorando que rejeitem o uso de violência para melhorar o destino e pensar em termos de amor, dizendo ainda que o Salvador algum dia virá na forma de um mediador. Mas mesmo este menor ato de desafio é muito para Joh, que ouviu a fala na companhia de Rotwang. Assim, Joh ordena que o robô tenha a aparência de Maria e diz para Rotwang escondê-la na sua casa, para que o robô se infiltre entre os operários para semear a discórdia entre eles e destruir a confiança que sentem por Maria. Mas Joh não podia imaginar uma coisa: Freder está apaixonado por Maria.

Crítica: é um dos melhores filmes da era do cinema mudo, considerando-se, claro, os recursos disponíveis de então.
Em um cenário de grandes cidades, com construções magníficas, viadutos, pontes e muitos carros, o sempre crítico Fritz Lang lança mão de sua visão sobre a humanidade no futuro: desigualdade social, exploração da mão-de-obra barata e a tecnologia a serviço do mal. Dá para imaginar que ele pensou em um robô com a aparência de um humano? Os efeitos especiais usados são incríveis. A história é dividida em atos, assim como em uma peça de teatro.
Uma pena é a interpretação exagerada e teatral do protagonista e que parte do filme tenha se perdido (alguns momentos são preenchidos com texto-legenda para explicar o que acontece).
De qualquer maneira, é uma obra de grande valor do gênio que inspirou, nada mais nada mesmo, que Alfred Hitchcock, o mestre do suspense. 

Avaliação: ***

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