O Planeta dos Macacos – O Confronto (Dawn of the Planet of the Apes)
País: EUA
Ano:
2014
Gênero: Ação
Duração: 131
min
Direção: Matt Reeves
Elenco: Andy Serkis,
Jason Clarke, Gary Oldman, Keri Russell, Toby Kebbell, Judy Greer, Kodi
Smit-McPhee e Jocko Sims.
Sinopse: quinze anos após a conquista da liberdade,
César (Andy Serkis) e os demais macacos vivem em paz na floresta próxima a San
Francisco. Lá eles desenvolveram uma comunidade própria, baseada no apoio
mútuo, para que possam se manter. Enquanto isso, os humanos enfrentam uma das
maiores epidemias de todos os tempos, causada por um vírus criado em
laboratório, chamado vírus símio. Diante disto, um grupo de sobreviventes
liderado por Dreyfus (Gary Oldman) deseja atacar os macacos para usá-los como
cobaias na busca por uma vacina. Só que Malcolm (Jason Clarke), que conhece bem
como os macacos vivem por ter conquistado a confiança de César, deseja impedir
que o confronto aconteça.
Crítica: a continuação de Planeta dos Macacos – A
Origem (2011) acompanha a trajetória do macaco César (Andy Serkis) 15 anos após
a revolução animal ocorrida no primeiro longa.
Na primeira parte, a
discussão girava em torno das capacidades de aquisição de conhecimento (percepção,
memória, linguagem, raciocínio) dos primatas. Agora, o foco é redirecionado
para a colaboração mútua e a organização social, tanto dos macacos como dos
seres humanos.
Depois da batalha na Golden
Gate Bridge (há 15 anos), em São Francisco, o futuro da raça humana está
ameaçado. Uma doença, chamada gripe símia (que, no entanto, foi desenvolvida
por humanos em laboratório), dizimou grande parte da população mundial. Sem
energia elétrica, um grupo de sobreviventes liderados por Malcolm (Jason
Clarke) precisará entrar na floresta dos chimpanzés para negociar com César
(Andy Serkis, conhecido por fazer papéis de personagens de computação gráfica) e
sua trupe para tentar reativar uma usina hidrelétrica ali localizada.
Esse encontro é o que move
a primeira metade da trama. Um prólogo redondo, fechado – embora açucarado
demais, em defesa da família e da propriedade. O bom roteiro mostra uma
sociedade humana mais arrasada do que nunca, ao passo que a organização social
dos símios também atingiu uma complexidade sem precedentes. Não há (pelo menos
em princípio) um grupo dominante – todos os macacos seriam amigos e “macaco não
mata macaco”.
No entanto, Koba, um macaco
que também conviveu com humanos, mas só viu o lado ruim deles, como cobaia em
laboratório, querendo tornar-se um líder e invejando a posição de César, além
de não concordar com a ajuda que ele fornece aos humanos, o trai. Arma uma
cilada, atira em César e incendeia parte da floresta, colocando a culpa nos
humanos, o que torna fácil convencer os demais que não se pode mesmo confiar
nos humanos.
Na segunda parte do filme,
já não tão mais filosófica, as cenas de ação se multiplicam (e são muito bem
filmadas). Conclui-se que os macacos não são assim tão diferentes na forma de
agir e de pensar do que os humanos. A paz parece estar longe e o confronto macacos
versus humanos é inevitável.
A mudança para o novo
elenco pesa um pouco contra o filme. Jason Clark não tem o mesmo carisma de
James Franco e os demais não têm nenhum impacto na telona. Quem brilha mesmo é
Andy Serkis no papel do chimpanzé César. As feições demonstrando emoções são
impressionantes.
O primeiro é melhor. Esse
parece mais voltado para faturar milhões na bilheteria.
Avaliação: ***
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