segunda-feira, 4 de agosto de 2014

O Planeta dos Macacos – O Confronto (Dawn of the Planet of the Apes)

País: EUA
Ano: 2014
Gênero: Ação
Duração: 131 min
Direção: Matt Reeves
Elenco: Andy Serkis, Jason Clarke, Gary Oldman, Keri Russell, Toby Kebbell, Judy Greer, Kodi Smit-McPhee e Jocko Sims.

Sinopse: quinze anos após a conquista da liberdade, César (Andy Serkis) e os demais macacos vivem em paz na floresta próxima a San Francisco. Lá eles desenvolveram uma comunidade própria, baseada no apoio mútuo, para que possam se manter. Enquanto isso, os humanos enfrentam uma das maiores epidemias de todos os tempos, causada por um vírus criado em laboratório, chamado vírus símio. Diante disto, um grupo de sobreviventes liderado por Dreyfus (Gary Oldman) deseja atacar os macacos para usá-los como cobaias na busca por uma vacina. Só que Malcolm (Jason Clarke), que conhece bem como os macacos vivem por ter conquistado a confiança de César, deseja impedir que o confronto aconteça.

Crítica: a continuação de Planeta dos Macacos – A Origem (2011) acompanha a trajetória do macaco César (Andy Serkis) 15 anos após a revolução animal ocorrida no primeiro longa.
Na primeira parte, a discussão girava em torno das capacidades de aquisição de conhecimento (percepção, memória, linguagem, raciocínio) dos primatas. Agora, o foco é redirecionado para a colaboração mútua e a organização social, tanto dos macacos como dos seres humanos.
Depois da batalha na Golden Gate Bridge (há 15 anos), em São Francisco, o futuro da raça humana está ameaçado. Uma doença, chamada gripe símia (que, no entanto, foi desenvolvida por humanos em laboratório), dizimou grande parte da população mundial. Sem energia elétrica, um grupo de sobreviventes liderados por Malcolm (Jason Clarke) precisará entrar na floresta dos chimpanzés para negociar com César (Andy Serkis, conhecido por fazer papéis de personagens de computação gráfica) e sua trupe para tentar reativar uma usina hidrelétrica ali localizada.
Esse encontro é o que move a primeira metade da trama. Um prólogo redondo, fechado – embora açucarado demais, em defesa da família e da propriedade. O bom roteiro mostra uma sociedade humana mais arrasada do que nunca, ao passo que a organização social dos símios também atingiu uma complexidade sem precedentes. Não há (pelo menos em princípio) um grupo dominante – todos os macacos seriam amigos e “macaco não mata macaco”.
No entanto, Koba, um macaco que também conviveu com humanos, mas só viu o lado ruim deles, como cobaia em laboratório, querendo tornar-se um líder e invejando a posição de César, além de não concordar com a ajuda que ele fornece aos humanos, o trai. Arma uma cilada, atira em César e incendeia parte da floresta, colocando a culpa nos humanos, o que torna fácil convencer os demais que não se pode mesmo confiar nos humanos.
Na segunda parte do filme, já não tão mais filosófica, as cenas de ação se multiplicam (e são muito bem filmadas). Conclui-se que os macacos não são assim tão diferentes na forma de agir e de pensar do que os humanos. A paz parece estar longe e o confronto macacos versus humanos é inevitável.
A mudança para o novo elenco pesa um pouco contra o filme. Jason Clark não tem o mesmo carisma de James Franco e os demais não têm nenhum impacto na telona. Quem brilha mesmo é Andy Serkis no papel do chimpanzé César. As feições demonstrando emoções são impressionantes.
O primeiro é melhor. Esse parece mais voltado para faturar milhões na bilheteria.

Avaliação: ***

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