Um Paraíso Hawaiano (Hura Gâru)
País: Japão
Ano:
2006
Gênero: Comédia
Duração: 108
min
Direção: Sang-il
Lee
Elenco: Yasuko Matsuyuki (Madoka Hirayama), Etsushi
Toyokawa (Yojiro Tanigawa), Yu Aoi (Kimiko Tanigawa), Shizuyo Yamazaki (Sayuri
Kimano), Ittoku Kishibe (Norio Yoshimoto), Sumiko Fuji (Chiyo Tanigawa) e Eri
Tokunaga (Sanae).
Sinopse: a história (baseada em fatos verídicos) se
passa em 1965, em uma pequena cidade ao norte do Japão. Mostra como uma
comunidade tradicional, com o declínio de sua economia baseada na mineração de
carvão, tem a ideia de desenvolver um conceito de aldeia havaiana, treinando
seus habitantes para atrair turistas e salvar a cidade da extinção.
Crítica: o Havaí no Japão. Por quê, não? Nessa comédia,
uma pequena cidade japonesa cria um centro havaiano (Parque Joban Hawaiano)
para ensinar o tradicional Hula-Hula, ainda que no ritmo japonês.
Mas aqui a dança tem um
cunho mais complexo, que vai além do simples lazer. A iniciativa significou dar
uma nova esperança e um novo rumo a uma cidade quase à beira da falência e que
um dia já teve seu auge econômico com as explorações das minas de carvão.
A produção pode não ser
hollywoodiana nem contar com astros famosos, no entanto, tem uma história
(baseada em fatos reais) repleta de conteúdo e personagens profundos que
refletem o comportamento humano diante das dificuldades, das mudanças, dos
valores, dos tabus.
O roteiro é contagiante e a
trilha musical ajuda a acentuar esses momentos. Os atores, desconhecidos,
empenham-se em seus papeis: Hirayama como a professora de dança; as meninas que
fazem todo tipo de sacrifício para aprender; e todos os demais coadjuvantes. E
a mensagem final não poderia ser mais positiva.
A última cena é uma
exibição contagiante na inauguração do Centro Havaiano, depois de muitos meses
de ensaio.
Curiosidade: "O Parque Havaiano Joban foi inaugurado
em 15 de janeiro de 1966. Esperava-se um público de 1.000 pessoas durante a
semana e umas 3.000 nos fins-de-semana e dias de festa. A realidade é que o
empreendimento se converteu num sucesso que atraiu 1 milhão e 500 mil pessoas
no ano. (...) Em 1990, trocou o nome para 'Spa Resort Hawaiians' e continua
evoluindo, embora se mantenha como manancial termal integrado na estrutura
social da região."
A mina foi fechada
definitivamente em 1976. A senhora Hirayama, hoje com mais de 70 anos, já
ensinou 318 dançarinas. As artistas, que se apresentaram no filme com tanta
feminilidade, graça e ritmo, treinaram durante 3 meses, pois nenhuma tinha
experiência prévia em Hula ou outra dança.
Avaliação: ***
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