domingo, 25 de janeiro de 2015

O Jogo da Imitação (The Imitation Game)

País: EUA/Reino Unido
Ano: 2014
Gênero: Suspense
Duração: 115 min
Direção: Morten Tyldum
Elenco: Benedict Cumberbatch, Keira Knightley, Matthew Goode, Mark Strong, Charles Dance, Allen Leech, Matthew Beard e Rory Kinnear.

Sinopse: esta biografia de Alan Turing (Benedict Cumberbatch) acompanha sua ascensão no mundo da tecnologia, quando seus conhecimentos inestimáveis em matemática, lógica e ciência da computação contribuíram com as estratégias usadas pelos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial. No entanto, este homem tinha diversos conflitos com sua própria homossexualidade, buscando soluções de cura, e vindo a cometer suicídio em 1954.

Crítica: a história de Turing (inventor do processador de dados que daria origem ao computador moderno e decodificador da máquina Enigma usada pelos alemães na Segunda Guerra Mundial) foi apagada de todos os registros até 2013, ano em que Turing recebeu o Perdão Real da Coroa Inglesa. O motivo? Turing era homossexual, o que era, na Inglaterra da década de 40, ilegal, e após viver uma série de atos de coerção e preconceito, foi pego pela polícia britânica. Para evitar a prisão e poder trabalhar em seus projetos científicos, Turing aceitou a alternativa: a castração química. Uma história de poder simbólico tão significativo para os dias de hoje.
Sua trajetória é contada no filme “O Jogo da Imitação”, dirigido pelo diretor norueguês Morten Tyldum, ainda com poucos trabalhos no cinema.
Cuidado aos detalhes e aos fatos (mesmo que pudesse ter situado mais o espectador quanto aos anos dos acontecimentos na vida de Turing nos flashbacks, desde a infância), retratam o contexto histórico e, com bastante didática a relevância, as pesquisas do gênio para o mundo. Segundo estatísticas, teria encurtado a Segunda Guerra em dois anos, impedindo diversos ataques-surpresa alemães e salvando milhares de vidas.
O filme vai além das suas invenções e cálculos matemáticos, apresenta o homem inseguro, tímido e angustiado com seu jeito não “normal”, como ele costumava dizer, e atormentado por perseguições de policiais que investigavam sua masculinidade. Ao final do longa, informa-se que 49 mil homossexuais teriam sido condenados naquele período, já que ser homossexual era considerado um crime.
A performance de Benedict Cumberbatch é perfeita, com seus trejeitos, sotaques, expressões, e é o ponto alto do longa. A equipe que trabalha com ele na invenção de sua máquina universal capaz de obter resultados para diferentes tipos de problemas utilizando um único sistema processador, é igualmente convincente. Já o papel de Keira Knightley (como Joan Clarke) é apagado (sem grandes acréscimos) e poderia muito bem ter sido melhor interpretado por uma atriz desconhecida e mais talentosa. Contudo, tal falha não apaga a riqueza da biografia de um homem que fez muito e que merece ser sempre lembrado pelo seu brilhante legado.

Avaliação: ****

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