Jules et Jim – Uma Mulher para Dois
País: França
Ano: 1961
Gênero: Drama
Duração: 105
min
Direção: François
Truffaut
Elenco: Henri Serre, Jeanne Moreau, Oskar Werner, Marie
Dubois, Michel Subor Sabine Haudepin, Serge Rezvani, Vanna Urbino e Anny Nelsen.
Sinopse: dois amigos, o francês Jim (Henri Serre) e o
alemão Jules (Oscar Werner), vivem a efervescência das artes e da boemia na
Paris da belle époque quando conhecem uma mulher por quem logo se apaixonam:
Catherine (Jeanne Moreau). O triângulo se estende alegre e despreocupadamente,
até que Catherine resolve casar com Jules – ainda que mantendo o relacionamento
com Jim. Mas as coisas já não são como antes e, para aumentar o distanciamento,
surge a Segunda Guerra.
Crítica: a atmosfera parisiense parece perfeita para o
triângulo amoroso. Jim e Jules bem diferentes, o primeiro extrovertido e garanhão
e o segundo, tímido, apaixonam-se pela mesma mulher: Catherine. Modera e à
frente do seu tempo, ela quer viver intensamente, sem se apegar a convenções
morais.
Quer o que todo mundo quer:
ser feliz. A amizade vai bem, até que a Segunda Guerra os distanciam.
Cartas passam a ser o único elo. Jules, que perdeu a guerra do lado alemão, casa-se com
Catherine. Os dois, agora, vivem em um chalé na Áustria. No entanto, as características inerentes
a ele que mais a atraíram, como ingenuidade e bondade, agora ela parece
repudiar. Jim chega e os vê casados, mas percebe que as coisas não estão muito
bem.
Ela confessa que teve
amantes. Jules confessa saber de tudo e tem medo de perdê-la. Pede, então, que
Jules fique e cuide dela.
No primeiro mês, os três permanecem juntos e estão felizes. Mas Jules vai a Paris e demora mais do que havia
planejado. Encontra uma ex-amante e surge há dúvida sobre se deve ou não voltar
para o triângulo amoroso.
Catherine escreve cartas, em
uma delas conta que está grávida e que ele é o pai. Mas ele não acredita até
que Jules intercede e implora para ele visitá-la.
Ele cede, mas os dilemas entre
as decisões permanentes começam a pesar. Ele parece já não estar seguro ao lado
de Catherine e confessa que vai se casar com uma moça chamada Gilbert, que vive em Paris. Ela, a princípio, finge não estar abalada, mas não consegue acreditar
que o que queria para os três parece não mais existir. E ela ainda perde o bebê, o que torna tudo mais deprimente.
A não aceitação da
realidade, a percepção de que a felicidade não dura para sempre, as idas e
vindas do amor, fazem com que Catherine passe a agir de forma estranha. O amor
termina em tragédia.
Toda a história é norteada
com citações literárias, discussões interessantes sobre a guerra e críticas à
perseguição de judeus.
Um clássico de Truffaut
para ver e não se esquecer. Uma narrativa ousada para a época, tanto no conteúdo
em si como nas técnicas de filmagem.
Avaliação:
***
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