sexta-feira, 10 de julho de 2015

Neruda – Fugitivo (Neruda)

País: Chile
Ano: 2014
Gênero: Ficção
Duração: 97 min
Direção: Manuel Basoalto
Elenco: José Secall, Paulina Harrington, Max Corvalán, Erto Pantoja, Catalina Saavedra, Alejandro Trejo e Luis Dubo.

Sinopse: Pablo Neruda (José Secall) recebe o Prêmio Nobel de Literatura em 1971. Em seu discurso de agradecimento lembra alguns episódios quase esquecidos de sua vida, mas fundamentais na construção de sua obra poética. Em 1948, Senador da República, vira foragido da polícia. Neruda se opõe ao Presidente González Videla (Max Corvalán), que inaugurou “Pisagua”, o primeiro campo de prisioneiros políticos na história de Chile, em plena Guerra Fria. Assim, o poeta deve arriscar a vida e atravessar a cavalo a Cordilheira dos Andes, fugindo para Argentina. Finalmente sua condição de fugitivo o leva em uma viagem para o sul de sua infância e adolescência. É neste período que escreve um de seus livros Fundamentais, o “Canto Geral”.

Crítica: um episódio não muito conhecido da vida do poeta chileno Pablo Neruda (1904-1973) inspira a ficção "Neruda - Fugitivo". Resgata um período de clandestinidade e grande perigo na vida de Neruda (vivido por José Secall), em 1948, quando ele era senador e teve que fugir da perseguição do presidente chileno González Videla (Max Corvalán), que colocara na ilegalidade o Partido Comunista, ao qual pertencia o poeta-senador.
A narrativa acompanha a fuga de Neruda, escapando de uma possível morte, ajudado por diversos militantes pelo Chile – alguns deles, caindo prisioneiros ao longo do caminho.
Enquanto se esconde, Neruda escreve poemas, que depois serão lidos em uma de suas grandes obras, Canto Geral. O filme se vale de vários flashbacks para situar a formação do poeta, filho de camponeses que encontrou a poesia como vocação
No entanto, apesar da época interessante, o roteiro não prioriza momentos essenciais e nem capta o verdadeiro Neruda, interpretado por um ator mediano. Aliás, todas as atuações são artificiais e a linguagem televisiva não ajuda a compor um filme que seria inédito sobre o poeta.
Salvam-se apenas as lindas locações e a ambientação de época. Infelizmente, uma oportunidade perdida no cinema para apresentar ao público quem foi Neruda (que nasceu Ricardo Eliécer Neftali Reyes Basoalto). O pseudônimo por ele usado surgiu a partir da admiração ao poeta tcheco Jan Neruda.

Avaliação: *

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