segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

A Segunda Esposa (Kuma)

País: Áustria
Ano: 2015
Gênero: Drama
Duração: min
Direção: Umut Dag
Elenco: Begüm Akkaya, Vedat Erincin e Nihal Koldaş.

Sinopse: Mustafa, um imigrante turco, mora em Viena com Fatma e seus seis filhos. Esta família tradicional escolhe Ayse, uma jovem de 19 anos, para se casar com um de seus filhos, mas quando ela chega no local, a realidade é outra: Ayse será a segunda esposa de Mustafa. Apesar da surpresa no início, nasce uma relação de amizade e cumplicidade entre essas duas esposas de gerações diferentes, principalmente quando a mais nova descobre que Fatma está doente, e tem seus dias contados.

Crítica: num casamento tradicional muçulmano, uma jovem garota turca está perdida entre dezenas de convidados, incapaz de identificar o futuro marido na multidão. Os noivos não se conhecem, olham-se com estranheza, deixando claro o desconforto das duas partes. A cena deixa, claro, que se trata de um casamento forçado, e retrata as regras morais e religiosas impostas às sociedades islâmicas tradicionais.
Até aqui, nenhuma novidade. É quando o filme traz uma surpresa: a jovem Ayse (Begüm Akkaya) descobre que não será a esposa do rapaz com quem se casa, e sim do pai dele. Ela foi escolhida secretamente como segunda esposa para cuidar dos filhos e dos afazeres domésticos, caso a primeira esposa (Nihal Koldas), enferma, venha a falecer. Obviamente, sofre a rejeição dos filhos do primeiro casamento. Sua família está longe e, na nova casa, sente-se uma estranha.
O filme lança críticas sobre a função doméstica atribuída às mulheres, e aos poderes abusivos entregues aos homens nas sociedades patriarcais. Desenvolve-se bem até uma fatalidade não esperada ocorrer, que levará Ayse a procurar um emprego para ajudar a família financeiramente.
Daí por diante, bastante confusão, segredos de sexualidades reprimidas são revelados, violência doméstica, amores não correspondidos e outras mazelas. Chora-se muito, grita-se muito, parte-se para a agressão.
Nesse ponto, o diretor perde o foco e o discurso crítico e político já não é tão percebido e o que se passa a ver é um melodrama com direito à jovem princesa sonhadora, às irmãs malvadas e à madrasta perversa. Uma boa cena é a do filho (Murathan Muslu) com Ayse, ao revelar seu segredo.
O final, apesar de dar um ar de conformismo e parecer que o que é importante mesmo é a família em detrimento do indivíduo, tem um significado bastante simbólico.

Avaliação: ***

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