Spotlight – Segredos Revelados (Spotlight)
País: EUA
Ano:
2015
Gênero: Drama
Duração: 127
min
Direção: Tom
McCarthy
Elenco: Mark Ruffalo, Michael Keaton, Rachel McAdams, Liev Schreiber, John
Slattery, Stanley Tucci, Brian d'Arcy James e Billy Crudup.
Sinopse: baseado em uma história real, o drama mostra
um grupo de jornalistas em Boston que reúne milhares de documentos capazes de
provar diversos casos de abuso de crianças, causados por padres católicos.
Durante anos, líderes religiosos ocultaram o caso transferindo os padres de
região, ao invés de puni-los pelo caso.
Crítica: o filme prende a atenção do espectador, com
uma história linear e real.
Spotlight é o nome da
equipe editorial do jornal Boston Globe, responsável pelas reportagens
especiais, do tipo em que os repórteres – são três: Michael Rezendes (Mark
Ruffalo), Sacha Pfeiffer (Rachel McAdams) e Matty Carroll (Brian d'Arcy James),
chefiados pelo editor que também vai a campo Walter Robinson (Michael Keaton) –
se debruçam meses, às vezes mais de um ano, sobre a investigação de um caso. Todos
sob a orientação do diretor do jornal, Marty Baron (vivido por Liev Schreiber
(irreconhecível, e diferente de qualquer personagem anterior que tenha feito no
cinema). Vale destacar a atuação exemplar de Ruffalo, como o jornalista
dedicado que acredita no trabalho que faz.
O livro, com o mesmo título,
vencedor do Pulitzer, foi escrito pelo mesmo time que participou da apuração do
caso. O caso: aos poucos, a equipe editorial da publicação vai descobrindo uma
série de relatos de pedofilia praticados por membros da Igreja Católica na
cidade de Boston – todos, claro, devidamente acobertados.
O longa não tem grandes
pretensões, a não ser mostrar a verdade e fazer uma alerta à sociedade.
Denunciar é sempre o melhor caminho; e não o silêncio.
Ao posicionar o espectador
dentro da redação – e, principalmente, na rua, acompanhando a apuração e
descobrindo os fatos ao lado dos jornalistas –, o filme não diz apenas da maneira
como o jornalismo é feito (ou, pelo menos, deveria), mas da motivação
profissional que justifica a denúncia da hipocrisia de uma parte da Igreja, da
burocracia imposta pelos poderosos e, principalmente, do abuso decorrente da
fragilidade socioeconômica dos mais desfavorecidos, onde advogados inescrupulosos
ganham dinheiro. O fato de grande parte da trama se passar na redação pode não
agradar todo o público, mas é louvável o trabalho desses jornalistas e, por
isso mesmo, deve ser retratado.
As descobertas e revelações
vão crescendo até que, enfim, são levadas ao conhecimento público, por meio de
inúmeras matérias que trazem depoimentos e nomes de vítimas (muitas com
sequelas ou traumas irreversíveis), testemunhos de advogados com o número de padres
acusados. Só em Boston, foram cerca de 250 acusações. O filme contempla o que
se passou nessa cidade americana, mas sua mensagem é universal. Um fato chama
bastante a atenção: um padre, ao ser questionado pela jornalista se abusou de
crianças, responde prontamente que sim, como se isso fosse um comportamento
normal.
Ao final, sobem letreiros
com a relação das paróquias e arquidioceses no mundo todo em que padres foram afastados
por terem abusado de menores.
Avaliação:
***
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