terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Tomie Ohtake

País: Brasil
Ano: 2015
Gênero: Documentário
Duração: 57 min
Direção: Hélio Goldsztejn
Elenco: -

Sinopse: o documentário traça os acontecimentos e a vida da pintora Tomie Ohtake. De nacionalidade japonesa, ela troca o Japão pelo Brasil na década de 1930. Com a eclosão da guerra no seu país de origem, ela inicia uma nova vida na cidade de São Paulo, um processo crescente até chegar ao reconhecimento como artista.

Crítica: não se trata de uma grande produção, mas de um retrato singelo da artista. Conta-se um pouco da sua vinda ao Brasil (em 1936, com 23 anos), sua família, seu casamento e posterior divórcio, seu gosto de estar com amigos e, sobretudo, seu amor à arte.
As obras são belas e mostra-se muito que não sabemos. A evolução de suas pinturas (abusando da cor amarela – sua preferida), esculturas (que pareciam ter movimento) e até gravuras. Suas obras estão aí para ser vistas, como ela achava que tinha que ser. Se não quer ir a um museu ou não tem dinheiro para pagar, então a arte deve ir para rua, ela dizia.
Ela começou a pintar tarde, com 39 anos. A paisagem de São Paulo ganhou a cara de Tomie Ohtake. São criações dela as curvas coloridas das grandes esculturas que dividem os dois lados da via expressa da Avenida 23 de Maio (homenagem aos 80 anos da imigração japonesa no Brasil); os quatro painéis de 2 metros de altura por 15 de comprimento que representam as estações do ano no metrô Consolação; as ondas vermelhas de gesso da obra presa ao teto do Auditório do Ibirapuera; o arco vermelho de 3 toneladas e 12,5 metros de altura no Brooklin; e o painel de 23 metros de altura na lateral do prédio que leva seu no Itaim Bibi. Sem falar de outras obras em Belo Horizonte e Brasília (DF).
Participou da 10ª Bienal Internacional de São Paulo, em protesto contra a Ditadura Militar. Em 1974 e em 1979, recebeu o prêmio de melhor pintora do ano pela Associação Paulista de Críticos de Arte, além de várias outras homenagens. Realizou mais de 50 exposições individuais e participou de outras 80 coletivas.
Em 2000 foi criado o Instituto Tomie Ohtake, com sede em Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo.
De fato, uma mente muito criativa e uma vida voltada para expressar-se. Ela não parava. Só diminuiu o ritmo quando precisou usar uma cadeira de rodas.
Viveu por belos 101 anos.

Avaliação: ***

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