terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Diplomacia (Diplomatie)

País: França/Alemanha
Ano: 2014
Gênero: Drama
Duração: 84 min
Direção: Volker Schlondorff
Elenco: André Dussollier, Niels Arestrup e Burghart Klaubner.

Sinopse: agosto de 1944, Segunda Guerra Mundial. O general alemão Dietrich von Choltitz está em Paris sob ordens do Terceiro Reich com a missão de comandar a explosão da capital francesa (incluindo pontes, prédios históricos e monumentos culturais). Até que, no meio da noite, recebe a visita inesperada do cônsul geral da Suécia, que vai tentar convencê-lo a livrar a cidade do destino trágico planejado pelos alemães.

Crítica: o filme, com estrutura teatral – há praticamente dois atores somente coabitando um mesmo espaço, é adaptado da obra homônima, que estreou em Paris em 2011, com os mesmos atores sem seus mesmos papéis.
Aliás, a atuação é de muita competência, tanto de André Dussollier como de Niels Arestrup. O primeiro interpreta Raoul Nordling, o cônsul geral da Suécia, cujo objetivo é convencer o funcionário do Terceiro Reich a abandonar os planos de acabar com a cidade. E o segundo é o alemão Dietrich von Choltitz (Niels Arestrup) se prepara para cumprir as ordens de Adolf Hitler de explodir Paris.
Todos sabem que isso não ocorreu, mas não é de conhecimento de todos como isso se deu, e é o que nos conta o longa-metragem.
Apesar de os personagens terem, realmente, existido, a trama relatada no filme é fantasiosa, baseada em um artigo de jornal de que citava o plano de destruição de Paris em 1942. O fato serviu de inspiração para o livro “Paris Está em Chamas?”, que, por sua vez, ganhou uma adaptação para os cinemas de mesmo título em 1966 – dirigida por René Clément, com roteiro de Gore Vidal e Francis Ford Coppola, e Orson Welles e Gert Fröbe como protagonistas.
Então, em agosto de 1944, na noite anterior ao trágico plano traçado para a capital francesa, o general alemão Dietrich von Choltitz (Niels Arestrup) recebe em seu quarto de hotel a visita inesperada de Raoul Nordling que usa toda a sua diplomacia para persuadir o general a desistir de obedecer às ordens de Hitler.
A conversa é tensa. O texto e as atuações são o ponto forte da trama, que prende a atenção do e espectador até o desfecho da história.
Um fato interessante e curioso na história, ainda que seja difícil crer que os argumentos do diplomata fossem assim tão fortes a ponto de fazer um general, a serviço do exército alemão, mudar de ideia. E Paris, de fato, ter ficado intacta, é um presente para todos nós.

Avaliação: ***

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