Body (Cialo)
País: Polônia
Ano:
2015
Gênero: Drama
Duração: 92
min
Direção: Malgorzata
Szumowska
Elenco: Janusz
Gajos, Maja Ostaszewska e Justyna Suwala.
Sinopse: um cético investigador de polícia (Janusz
Gajos) e sua filha Olga (Justyna Suwala), que sofre de bulimia, lidam, cada um à
sua maneira, com a morte de um ente querido. Quando eles entram em contato com
a traumatizada terapeuta Anna (Maja Ostaszewska), são forçados a mudar suas
opiniões sobre vida e morte.
Crítica: Janusz, um competente perito criminal, examina
o corpo de um homem que se enforcou, quando o impensado acontece (fica o
mistério para o espectador). Na TV, ele e a filha Justyna assistem a uma
discussão sobre o fato de Jesus ser judeu e, mais tarde, enquanto Janusz exercita
seu lado glutão com um suculento frango, a jovem fita sem interesse os legumes
de seu prato. Ela é anoréxica/bulímica.
A introdução não dá muitos
sinais de que caminho a trama irá seguir, o que é bastante acertado para fisgar
a atenção do espectador.
Vencedor do Urso de Prata
de melhor direção no último Festival de Berlim, “Body” percorreu diversos
festivais pelo mundo e chega ao cinema para se somar a “Elles”, outra produção
de 2001 da cineasta polonesa.
Além de Janusz (Janusz
Gajos), que carrega as frustrações e a melancolia de um viúvo que já passou da
meia idade, e a conformidade de ver tantas mortes no seu dia a dia de perito, o
filme destaca Anna (Maja Ostaszewska), uma terapeuta espírita com métodos de
recuperação questionados por uma sociedade predominantemente católica (é
possível notar uma fotografia de Chico Xavier emoldurada em seu quarto, sendo o
Brasil também citado em um momento do filme) e a jovem anorexa Olga (Justyna
Suwala), filha de Janusz e paciente de Anna.
Essa conexão é muito bem
construída e sem nenhum posicionamento ou julgamento. São apenas retratadas
situações e cada um escolherá uma solução para o seu bem estar, de forma simples
e natural. Não se prega ou embute nada na trama. E o humor é uma marca presente
no estranhamento entre duas pessoas maduras, com credos e costumes totalmente
distintos, mas ambas como uma perda que as fez tomar decisões que influenciaram
as pessoas que os cercam.
É um drama familiar sobre a
vida, a morte, as crenças ou ausência delas, contado com inteligência, leveza e
naturalidade. Um enredo bom, uma direção segura e atuações convincentes.
Avaliação:
***
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