Bonitinha, mas Ordinária
País: Brasil
Ano: 2012
Gênero: Drama
Duração: 90 min
Direção: Moacyr Góes
Elenco: Leandra Leal, João Miguel e
Letícia Colin.
Sinopse: baseado na obra de Nelson
Rodrigues, o filme narra a história de Edgar, um homem simples dividido pela
proposta de casar-se por dinheiro com a filha do chefe ou permanecer na pobreza
ao lado do grande amor.
Crítica: a adaptação para as telas da célebre peça de
Nelson Rodriguez chega aos cinemas com quatro anos de atraso – o longa é de
2009. Durante esse tempo, muito se especulou sobre a demora na estreia e havia
receio da imprensa especializada de que o filme simplesmente fosse uma
obscenidade devido a trabalhos anteriores do diretor Moacyr Góes, como Dom,
Maria – Mãe do Filho de Deus e quatro longas da Xuxa.
Mas o longa, no geral, é
interessante e tem valor por apresentar às novas gerações o clássico de
Rodriguez, apesar de alguns erros. Vale lembrar que para assisti-lo é preciso
ter desapego a pré-julgamentos e à moralidade. As cenas de nudez, necessárias à
trama e referência na obra de Nelson, são fortes (tanto que houve dificuldade
para liberação da censura).
O diretor depositou total
confiança no seu elenco. São os atores, em sua maioria, que conseguem dar ao
filme força e conteúdo para prender o público à trama. João Miguel é sempre
excepcional, mas destacam-se também Leandra Leal e Leon Góes (no papel de
Peixoto, advogado capacho do pai de Maria Cecília).
Na tela, acompanhamos o
dilema de Edgar (João Miguel), homem simples, dividido pela proposta de
casar-se por dinheiro com a filha do seu chefe, Maria Cecília (a estreante
Letícia Colin), ou permanecer na pobreza ao lado de Ritinha (Leandra Leal), seu
grande amor. Não há nada de novo na história de alguém tentado pelo dinheiro, mas
aqui se faz refletir sobre o quanto figuras como Edgar são cada vez menos
prováveis no Brasil de hoje.
A tensão e a sensibilidade
pungentes no personagem de Edgar são aspectos favoráveis e bastante explorados na
trama.
Avaliação:
***
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