Em Transe (Trance)
País: Reino Unido
Ano: 2013
Gênero: Suspense
Duração: 103 min
Direção: Danny Boyle
Elenco: James McAvoy, Vincent Cassel
e Rosario Dawson.
Sinopse: profissional ligado aos
leilões de peças de arte acaba envolvido com uma gangue responsável pelo roubo
de quadros. Para se livrar dos bandidos, ele se junta a uma hipnoterapeuta.
Porém, a relação deles coloca todos em perigo.
Crítica: depois de ‘Trainspotting’, trabalho que marcou
sua carreira, do ‘Quem Quer ser Um Milionário?’, onde ganhou o Oscar de Melhor
Direção, e do ótimo ‘127 Horas’, Boyle parece não ter encontrado o foco aqui.
São tantos caminhos e
reviravoltas sem explicação e que ainda culminam num final nada brilhante.
A história se desenvolve a
partir de um roubo que resulta na perda de memória de um dos envolvidos. Os
primeiros vinte minutos apresentam esse cenário com um ritmo bastante frenético
e ótima trilha sonora, deixando a impressão de que teremos uma produção em
grande estilo.
Mas, infelizmente, o que na
próxima uma hora e meia é uma tentativa de thriller psicológico mal sucedido e
duvidoso. As explicações dadas para as guinadas da trama são rasas e irritam,
fazendo com que a credibilidade vá por água abaixo.
O elenco fica em cima do
muro: não ajuda, mas também não é, nem de longe, o grande problema da película.
Destaque para James McAvoy e Rosario Dawson, ambos estão à altura dos papéis de
protagonistas. Já Vincent Cassel funciona muito bem na fase conquistador, mas
quando tenta intimidar, causa um sentimento de vergonha alheia que nos faz ter
saudade de seus tempos áureos, como em 'O Ódio' (1995).
Resumindo, o longa tinha
uma premissa bastante interessante, mas tropeça em preciosismos e não funciona.
O filme é baseado em um
acontecimento real. Em 18 de março de 1990 ladrões disfarçados de policiais
entraram no museu Isabella Stewart Gardner Museum, em Boston, e roubaram treze
obras de arte. Considerado o maior roubo de obras de arte da história dos
Estados Unidos, até hoje o caso não foi solucionado. Em 18 de março de 2013, o
FBI relatou que identificaram os ladrões do tal roubo, mas que não descobriram
o paradeiro das obras. Uma das pinturas roubadas foi "A Tempestade no Mar
da Galiléia" (The Storm on the Sea of Galilee, 1633), do holandês
Rembrandt. A famosa obra é conhecida por ter o próprio pintor representado,
olhando em direção ao observador, podendo ser considerada como um autorretrato.
Deixa a desejar, mas funciona como passatempo para os menos exigentes.
Avaliação:
**
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