domingo, 5 de maio de 2013

Os Sabores do Palácio (Les Saveurs Du Palais)


País: França
Ano: 2012
Gênero: Comédia
Duração: 95 min
Direção: Christian Vincent
Elenco: Arthur Dupont, Catherine Frot e Hippolyte Girardot.

Sinopse: a respeitada chef Hortense Laborie (Catherine Frot) se assusta quando é escolhida pelo presidente para trabalhar no Palácio de Eliseu. Em princípio, Hortense é invejada e malvista pelos outros cozinheiros do palácio, porém, ela consegue contornar a situação com a sua personalidade forte. A autenticidade de seus pratos logo seduz o presidente, mas os bastidores do poder estarão repletos de armadilhas. Baseado na história real da cozinheira do presidente François Mitterand, o filme teve a ajuda técnica de famosos chefs franceses, como Guy Legay, do Hotel Ritz de Paris.

Crítica: o tema é apetitoso, mas a forma como é conduzida a história peculiar dessa cozinheira mais ainda.
Descoberta em sua pequena chácara no interior da França, devido a uma indicação, parte para o Palácio de Eliseu a fim de ser a cozinheira privada do presidente François Mitterand, o que ela só vem a saber quando já está lá. O mistério é mantido durante o trajeto quando pensava que cozinharia para alguém do governo.
Catherine Frot (em excelente performance), com suas mãos abençoadas, um paladar  exigente e muita confiança, agradará o presidente, logo no primeiro prato. Nem tudo são flores, ela enfrentará o machismo de homens que trabalham na ‘cozinha central’ há muito tempo no palácio.
O filme não é contado somente no presente. Apresenta-nos Hortense no trabalho atual (em uma base naval), com flashbacks dos poucos mais de 2 anos que dedicou-se exclusivamente aos almoços presidenciais.
Depois, mudanças no pessoal próximo ao presidente também trazem alterações na sua cozinha: menos gastos e comidas menos gordurosas tendo em vista à saúde do presidente.
Criatividade é o que não falta à cozinha francesa com pratos tradicionais que dão água na boca. É bom assistir a toda aquela preparação: entrada, prato principal e sobremesa. Parece uma obra de arte. Num dos momentos do filme, ela é chamada por Miterrand e eles conversam 35 minutos no gabinete sobre comida caseira, da qual ele confessa sentir falta. “Quero pratos simples (lembrando que ‘simples’ para um francês não é o mesmo que simples para nós), sem complicações, como minha avó fazia” ele diz. A trama é baseada em fatos reais, mas não sabemos se isso realmente ocorreu. De qualquer maneira, é uma cena boa de se ver.
Hortense recebe até uma homenagem no local em que atua como 'chef' hoje. O final emociona: alguém virando a página par dar início à outra etapa da vida.

Avaliação: ****

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