Os Guardiões (The Gatekeepers)
País: Israel/França/Alemanha/Bélgica
Ano:
2012
Gênero: Documentário
Duração: 95
min
Direção: Dror
Moreh
Elenco: -
Sinopse: seis ex-dirigentes da Shin Bet, agência de
Inteligência e contraterrorismo de Israel, saem do anonimato, discutindo
abertamente sua atuação clandestina envolvendo tortura, execuções e
bombardeios. Estes homens, na meia-idade, acrescentam surpreendentes reflexões
em torno da segurança e da paz com os palestinos. Finalista do Oscar 2013
(categoria documentário).
Crítica: questionador e, por isso mesmo, polêmico, é um
filme para ser visto por todos. Apesar de tratar da questão árabe-israelense,
sua mensagem é válida para qualquer povo em conflito.
Do começo ao fim, questões
éticas são levantadas nas entrevistas feitas pelo documentarista aos ‘guardiões
(The Gatekeepers)’, seis homens que lideraram o Shin Bet (central de
inteligência israelense), ou Serviço de Segurança Interna, desde o começo do
Estado de Israel até o presente. Até então, a identidade deles era mantida em
segredo.
Primorosamente estruturado,
o longa flui naturalmente entre os depoimentos e as cenas mostradas (seja por
fotos, imagens de arquivo ou recursos gráficos).
É duro e complexo ao buscar
as causas da violência que hoje existe na região. De quem é a culpa? A
violência das retaliações tem trazido algum progresso para o problema desde a
Guerra dos Seis Dias (em 1967), desde o início dos assentamentos, desde a
ocorrência das intifadas? Há ética quando se trata de terrorismo? E, afinal,
quem são os terroristas?
Não há resposta pronta, nem
solução, mas todos os homens encarregados de manter Israel seguro por muitas
décadas concordam com o fato de que a ocupação da Cisjordânia e da Faixa de
Gaza precisa terminar.
Nas declarações, surgem até
reclamações desses judeus contra o governo de Israel e surpresas como um
atentado, impedido por eles, que seria feito por judeus radicais a árabes.
A criação do estado
palestino será a solução? E quando isso irá ocorrer? Quantos ainda terão que
morrer até que os governos tenham boa vontade ‘de verdade’ para dar fim a essa
guerra? Não sabemos quem tem razão, mas sabe-se que a paz precisa vir
urgentemente.
E quem teria dado um
primeiro passo rumo à paz, Yitzhak Rabin (quinto primeiro-ministro de Israel,
no cargo entre 1974 e 1977, tendo regressado ao cargo em 1992, exercendo
funções até 1995), foi assassinado. Rabin desempenhou um importante papel no
Acordo de Paz de Oslo, que criou uma Autoridade Nacional Palestiniana com
algumas funções de controle sobre a Cisjordânia e a Faixa de Gaza. Ele foi
assassinado pelo direitista radical israelense Yigal Amir, que se opunha à
assinatura de Rabin no acordo.
Curiosidade: finalista ao Oscar de Melhor Documentário em 2013.
Avaliação:
****
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