Seráphine
País: Bélgica/França
Ano:
2008
Gênero: Biografia
Duração: 125
min
Direção: Martin Provost
Elenco: Yolande Moreau, Ulrich Tukur, Anne Bennent,
Geneviève Mnich, Nico Rogner, Adélaïde Leroux, Serge Larivière e Françoise
Lebrun.
Sinopse: em 1913, Wilhelm Uhde, colecionador alemão de
arte, aluga uma casa no interior da França para fugir da agitação de Paris.
Para cuidar da casa, contrata Séraphine, mulher de 48 anos sem muita instrução.
Um dia, descobre que ela pinta nas horas vagas e constata em seus quadros um
grande talento. Uma relação improvável e conturbada se instaura entre os dois,
à medida que Séraphine, emocionalmente instável, entra no mundo da arte e
conhece o sucesso e a fortuna. Baseado na vida da grande pintora Naif (ou Arte
Primitiva Moderna), Séraphine de Senlis (1864-1942).
Crítica: uma breve biografia da pintora francesa
(nascida em Arsy, em 1864) de origem humilde, com um talento nato para a
pintura. Sua vida, suas obras, a descoberta de sua arte por Wilhelm Uhde, um
judeu alemão amante da arte, são retratadas no filme.
Sua pobreza não cerceou sua criatividade, menos ainda
a diversidade de sua obra. Jamais teve aulas de pintura, e nunca participou do
meio cultural de sua época, mas tinha uma paixão secreta: sem que ninguém
suspeitasse, ela pintava.
Séraphine perdeu seus pais aos seis anos, quando foi
viver com uma irmã mais velha. Trabalhou
como pastora, e em 1881 foi trabalhar como empregada no Convento das Irmãs da
Providência en Clermont, ofício que desempenhou até 1901.
A partir daí começou a trabalhar como doméstica nas
casas de Senlis. Sua arte tornou-se conhecida graças a uma feliz coincidência.
Um crítico de arte e colecionador chamado Wilhem Uhde, responsável pela
descoberta de Rousseau, alugou um quarto numa das casas em que Séraphine
trabalhava. Ficou encantado com o seu trabalho e ao mesmo tempo espantado, ao
saber que havia sido feito por uma simples empregada doméstica. Uhde a encorajou
a optar pela pintura.
Infelizmente, a carreira da
pintora foi muito curta. Em 1930, depois de apenas 3 exposições, Uhde parou de
comprar os quadros de Séraphine em consequência da Grande Depressão. Ela foi
dominada pela loucura, sendo internada numa clínica psiquiátrica, onde morreu
sozinha e sem amigos em 1942.
Com um bom roteiro e
atuações grandiosas, o longa é uma merecida homenagem a uma mulher que fez
diferença no mundo artístico.
Curiosidade: o filme ganhou sete prêmios César, incluindo
Melhor Filme.
Avaliação:
***
0 comentários:
Postar um comentário