Mulheres Divinas (Die Göttliche Ordnung)
País: Suíça
Ano:
2017
Gênero: Drama
Duração: 96
min
Direção: Petra
Biondina Volpe
Elenco: Marie
Leuenberger, Bettina Stucky, Ella Rumpf e Sofia Helin.
Sinopse: Suíça,
1971. A jovem dona de casa Nora (Marie Leuenberger) vive com seu marido e seus
dois filhos numa pequena aldeia. Até então sua vida era tranquila e não tinha
sido afetada com as grandes revoltas sociais e o movimento de 1968, mas, é aí
que Nora começa a fazer campanha pelo direito de voto das mulheres.
Crítica: “Mulheres Divinas”, que representará a Suíça
na disputa de uma vaga na categoria de Melhor Filme Estrangeiro do Oscar 2018,
conta a importante luta das mulheres suíças pelo direito à voto.
Difícil de acreditar que em
1971 elas ainda não tinham tal direito. Países como Nova Zelândia (que
foi o primeiro a garantir o sufrágio feminino, em 1893), Reino Unido, Alemanha,
Dinamarca, Islândia, Itália, França, Irã e outros estavam à frente nessa
conquista feminina.
O roteiro centra-se na
história de Nora (ótima atuação de Marie Leuenberger), casada e com dois
filhos, para retratar a urgência da mudança social, dando fim ao machismo e ao
preconceito que por anos degradou a situação feminina, determinando apenas
deveres e quase nenhum direito, definindo o que é certo e errado sem jamais ouvir
a opinião da mulher e mantendo as enormes discrepâncias salariais.
Nora começa a se questionar
e é bastante criticada no inicio pelas próprias mulheres. Familiares, vizinhos,
marido e filhos, todos estão contra ela.
Mas ela não desiste,
mobiliza-se, defende-se dos ataques covardes dos machistas de plantão e faz
campanha para o voto feminino. A data, enfim, chega. É a primeira luta ganha. Mas
ela quer mais: trabalhar. Na verdade, a luta continua
até hoje.
Um belo e importante filme que
nos faz lembrar de que, há até bem pouco tempo, as mulheres precisavam da
permissão do marido para os seus atos e até para receber salários, que não
havia divisão de tarefas do lar e com os filhos, que não havia qualquer
respeito à igualdade.
Faltou, talvez, mostrar um pouco mais da ação, do engajamento social/político e dos protestos femininos que dariam ainda mais credibilidade à história contada.
Avaliação:
***