O Jovem Karl Marx (Le Jeune Karl Marx)
País: Alemanha
Ano:
2017
Gênero: Drama,
biografia
Duração: 118
min
Direção: Raoul
Peck
Elenco: August Diehl, Stefan
Konarske e Vicky Krieps.
Sinopse: aos 26 anos, Karl Marx (August Diehl) embarca
para o exílio junto com sua esposa, Jenny (Vicky Krieps). Na Paris de 1844, ele
conhece Friedrich Engels (Stefan Konarske), filho de um industrialista que
investigou o nascimento da classe trabalhadora britânica. Dândi, Engels oferece
ao jovem Marx a peça que faltava para completar a sua nova visão de mundo.
Entre a censura e a repressão, os tumultos e as repressões políticas, eles
liderarão o movimento operário em meio a era moderna.
Crítica: se o filme é sobre Karl Marx (1818-1883), é de
esperar que o pensamento marxista e seu trabalho de estudo ou escrita de
pensador seja esmiuçado. No entanto, o diretor opta por uma obra fria,
superficial, fraca, repleta de clichês e romancezinhos, e decepciona.
O retrato transposto no
longa toma tamanha distância do filósofo, economista liberal, revolucionário
alemão e um dos fundadores do socialismo científico, que diminui a sua
importância para a história, o que não é verídico. Sua obra influenciou a sociologia,
a economia, a história e a até a pedagogia.
O filme só melhora lá pela
terça parte quando deixa de lado a vida particular e mergulha na amizade entre
ele e Friedrich Engels (também alemão), com quem publica o Manifesto Comunista.
Nessa parte assistimos a um
debate válido entre a importância da teoria política e da prática, ou ainda
entre a escrita acadêmica e a necessidade de produzir um pensamento complexo
capaz de dialogar com as massas.
Mas é muito pouco para
captar a revolução que causaria na maneira de pensar a economia, a sociologia e
demais ciências sociais e humanas, após a publicação de sua obra mais admirável,
O Capital, onde sintetiza as críticas à economia capitalista.
August Diehl é um talentoso
ator, mas perdido num roteiro tão pobre. Já Stefan Konarske como Engels deixa a
desejar e não convence.
Avaliação:
**
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