Victoria e Abdul: O Confidente da Rainha (Victoria and Abdul)

País: Reino Unido/EUA

Ano: 2017

Gênero: Drama

Duração: 111 min

Direção: Stephen Frears

Elenco: Judi Dench, Ali Fazal e Eddie Izzard.

Sinopse: 1887, Londres. Abdul Karim (Ali Fazal) é um jovem indiano convidado a ser funcionário na corte do Reino Unido. Ele, que deixou sua cidade natal para a tarefa totalmente desafiadora, acabou despertando na rainha Victoria (Judi Dench) um sentimento especial: o da amizade. Apegado a ele de maneira maternal, Abdul, antes sem nenhum dinheiro ou posse, se torna o conselheiro da monarca.

Crítica: a trama baseia-se em fatos reais, descobertos recentemente (em 2010) nos diários do indiano Abdul Karim.

Em 1887, inicia-se a história de amizade entre a rainha Victoria (a magnífica Judi Dench), com 81 anos, e Abdul Karim (Ali Fazal), um jovem indiano (de família muçulmana) de 24 anos que trabalhava como funcionário em uma prisão em Agra, na sombra do Taj Mahal.

A primeira tarefa dele foi servir a Rainha em seu café da manhã em Windsor. Mas logo a rainha notou sua utilidade e inteligência e o promoveu para o cargo de ‘Munshi’ – uma espécie de secretário. Curiosa, a rainha quis aprender algumas palavras em hindustani, (língua falada por Karim). A afeição e a confiança nele aumentaram.

Logo, Karim começou a ser alvo de ciúmes e descontentamento entre os membros da Casa Real, como era de se esperar de uma sociedade preconceituosa.

Durante seu período de serviço com a Rainha, Karim teve muitas honras: viajou com a família real pela Europa, encontrando monarcas e primeiro ministros. Ele e sua esposa receberam residências em todas as principais propriedades reais do Reino Unido e na Índia. Ele foi autorizado a carregar uma espada e usar suas medalhas na corte, além de ter permissão para trazer membros da família da Índia para a Inglaterra. Também tinha acesso às melhores posições em banquetes e óperas reais, e uma carruagem privativa.

Depois da morte da rainha Victoria (em 1901), Eduardo VII, filho da rainha, demitiu Karim, encerrando suas ligações na Inglaterra, e o enviou de volta para a Índia.

Todas as cartas trocadas entre os dois e suas fotografias foram destruídas – uma delas era dele em sua mesa de secretário. As poucas cartas sobreviventes mostram que suas conversas eram de teor filosóficas e políticas.

Mas o filme não se aprofunda muito na política, prefere o caminho que agrada a maioria do público: leve, superficial, fantasioso e repletos de pitadas de humor. Além disso, omite parte da história verdadeira para tornar Abdul mais correto do que na verdade era.

Avaliação: ***