Human Flow – Não Existe Lar se Não Há para Onde Ir
País: Alemanha
Ano:
2017
Gênero: Documentário
Duração: 140
min
Direção: Ai
WeiWei
Elenco: -
Sinopse: ao longo de um ano, o diretor Ai Weiwei
acompanhou crises de refugiados em 23 países, incluindo França, Grécia,
Alemanha, Iraque, Afeganistão, México, Turquia, Bangladesh e Quênia, retratando
as causas que levam milhões de pessoas a abandonarem seus países de origem,
como a guerra, a miséria e a perseguição política, refletindo sobre as
dificuldades encontradas na busca por uma vida melhor.
Crítica: o diretor chinês, Ai WeiWei, efetuou dezenas
de viagens pelo mundo inteiro investigando as particularidades dos campos de
refugiados na África, na Ásia e na Europa. Em cada caso ele explica ao
espectador, de modo conciso (com informações e estatísticas na tela), o motivo
político, religioso ou étnico que deu origem à fuga em massa de habitantes.
Por meio de entrevistas e
retratos fotográficos, ele busca humanizar as pessoas, mostra quem elas são e o
que foi feito de suas vidas – neste momento, ele alcança a comoção do público e
a identificação com o expectador.
Acompanhamos a vida dessas
pessoas em inúmeros campos. Alguns, como o da Turquia, que já existe há 60
anos. Ele inova ao mostrar os fluxos atuais de migrações e a crise de
refugiados, de pessoas que já se deslocaram de seus países há muito tempo. Em
algumas famílias, duas gerações já nasceram em campos.
Ele ouve autoridades também,
que se preocupam com o momento contemporâneo. E destacam a importância de dar
aos refugiados as condições básicas: um lar, emprego, comida, água, saúde,
educação. Na espera por asilo político, muitas pessoas ou famílias aguardam
anos. Elas precisam se sentir úteis, contribuir, trabalhar. A ociosidade é
perigosa para todos. As crianças precisam ter uma chance, uma perspectiva de
futuro. Caso contrário, poderão tornar-se inimigos no futuro, sendo aliciadas
para grupos terroristas, por exemplo.
As imagens (a maioria delas
captadas por drones) são incríveis. Mas o documentário peca na edição, visto
que às vezes não há relação entre a sequência de cenas e, em outras ocasiões, o
que é mostrado torna-se repetitivo, e pelo excesso de tomadas em que Ai Wei Wei
aparece em cena sem necessidade – uma vaidade ou um narcisismo bem notável.
De qualquer forma, o filme
tem um grande apelo político e social.
Avaliação:
****
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