Manifesto
País: Alemanha
Ano:
2016
Gênero: Arte,
Experimental
Duração: 88
min
Direção: Julian
Rosefeldt
Elenco: Cate
Blanchett, Ruby Bustamante e Ralf Tempel.
Sinopse: os históricos manifestos de arte podem ser
aplicados à sociedade contemporânea? É o que Cate Blanchett tenta
responder ao explorar os componentes performáticos e o significado político de
declarações artísticas e inovadoras do século XX, que vão dos futuristas e
dadaístas ao Pop Art, passando por Fluxus, Lars von Trier e Jim Jarmusch.
Crítica: é um filme interessante, trazendo um desafio
ao espectador: de acompanhá-lo em suas mudanças de cenário e de personagens,
todos interpretados por Cate Blanchett, e de entendê-lo.
O filme-performance
transpõe uma instalação do artista alemão Julian Rosefeldt, exibida em
Melbourne, em Berlim e em Nova York em 2015. A obra reunia 13 vídeos
protagonizados pela atriz Cate Blanchett e apresentados simultaneamente num
mesmo espaço expositivo.
Na adaptação para o cinema,
o artista ajustou o dispositivo para uma ordem alternada, com trechos de uma sequência
intercalando-se a outra, mantendo assim o princípio de simultaneidade,
essencial ao projeto.
Em resumo, questiona-se o
que é arte, quais são os seus limites e o que ela tem a dizer.
No filme, há a citação do
cineasta Jean-Luc Godard – "Não importa de onde se tira as coisas, mas
para onde as leva." – que parece definir o que o “Manifesto” tem a
declarar.
Os contrastes visuais e os
segmentos alternados entre um jantar em família, um telejornal, uma sala de
aula, um galpão de uma banda de rock, entre outros, dão o tom de uma narrativa
nada convencional.
Alguns discursos se
destacam, como o dadaísta feito em um enterro, o da mãe ultraconservadora que
troca a prece por slogans subversivos da pop art, o da professora que instrui
seus alunos na tarefa de criarem um filme, seguindo as regras do Dogma 95.
Os minutos de cada versão
são curtos e tornam árdua a tarefa do público em assimilar o que é visto e
ouvido.
E por fim a obra comprova
que nada se cria, apenas se copia de algo pré-existente, como o próprio filme,
que fez uma adaptação da sétima arte.
Avaliação:
***
0 comentários:
Postar um comentário