domingo, 26 de novembro de 2017

Mulheres Divinas (Die Göttliche Ordnung)

País: Suíça
Ano: 2017
Gênero: Drama
Duração: 96 min
Direção: Petra Biondina Volpe
Elenco: Marie Leuenberger, Bettina Stucky, Ella Rumpf e Sofia Helin.

Sinopse: Suíça, 1971. A jovem dona de casa Nora (Marie Leuenberger) vive com seu marido e seus dois filhos numa pequena aldeia. Até então sua vida era tranquila e não tinha sido afetada com as grandes revoltas sociais e o movimento de 1968, mas, é aí que Nora começa a fazer campanha pelo direito de voto das mulheres.

Crítica: “Mulheres Divinas”, que representará a Suíça na disputa de uma vaga na categoria de Melhor Filme Estrangeiro do Oscar 2018, conta a importante luta das mulheres suíças pelo direito à voto.
Difícil de acreditar que em 1971 elas ainda não tinham tal direito. Países como Nova Zelândia (que foi o primeiro a garantir o sufrágio feminino, em 1893), Reino Unido, Alemanha, Dinamarca, Islândia, Itália, França, Irã e outros estavam à frente nessa conquista feminina.
O roteiro centra-se na história de Nora (ótima atuação de Marie Leuenberger), casada e com dois filhos, para retratar a urgência da mudança social, dando fim ao machismo e ao preconceito que por anos degradou a situação feminina, determinando apenas deveres e quase nenhum direito, definindo o que é certo e errado sem jamais ouvir a opinião da mulher e mantendo as enormes discrepâncias salariais.
Nora começa a se questionar e é bastante criticada no inicio pelas próprias mulheres. Familiares, vizinhos, marido e filhos, todos estão contra ela.
Mas ela não desiste, mobiliza-se, defende-se dos ataques covardes dos machistas de plantão e faz campanha para o voto feminino. A data, enfim, chega. É a primeira luta ganha. Mas ela quer mais: trabalhar. Na verdade, a luta continua até hoje.
Um belo e importante filme que nos faz lembrar de que, há até bem pouco tempo, as mulheres precisavam da permissão do marido para os seus atos e até para receber salários, que não havia divisão de tarefas do lar e com os filhos, que não havia qualquer respeito à igualdade.
Faltou, talvez, mostrar um pouco mais da ação, do engajamento social/político e dos protestos femininos que dariam ainda mais credibilidade à história contada.

Avaliação: ***

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