terça-feira, 7 de novembro de 2017

Custódia (Jusqu’à La Garde)

País: França
Ano: 2017
Gênero: Drama
Duração: 93 min
Direção: Xavier Legrand
Elenco: Denis Ménochet, Léa Drucker, Thomas Gioria, Mathilde Auneveux e Florence Janas.

Sinopse: depois do divórcio, Myriam e Antoine dividem a guarda do filho. Refém de um pai ciumento e violento, e escudo para uma mãe perseguida, Julien é levado até o seu limite para prevenir que o pior aconteça.
o casal Miriam (Léa Drucker) e Antoine Besson (Denis Ménochet) acabar de se divorciar. E para garantir a proteção de seu filho do pai, que ela acusa de ser violento, Miriam pede a custódia exclusiva. O juiz, no entanto, acaba concedendo custódia compartilhada aos dois. Tomado quase como um refém entre seus pais, Julien (Thomas Gioria) fará tudo para evitar o pior.
Crítica: um tema dolorido, mas necessário, e tratado com maestria graças à uma direção segura e às interpretações memoráveis dos atores, sobretudo Thomas Gioria no papel de Julien.
A violência doméstica e a briga de pais pela guarda dos filhos são problemas atuais e universais, infelizmente.
Em “Custódia” o drama é tão envolvente, tão emotivo, tão real, que sufocamos ao ver Myriam sendo perseguida por Antoine (ex-marido) e Julien sendo disputado por ambos.
O início que se dá em um tribunal na sala de uma juíza é essencial para captar o interesse do espectador. Não sabemos quem está falando a verdade: se a mãe ou se o pai.
Após a decisão de guarda compartilhada, tomamos conhecimento do comportamento intempestivo e explosivo do pai. O sofrimento, a agonia e a pressão psicológica da ex-esposa e dos filhos são gritantes.
O filme é um alerta em potencial para tantas mulheres que subestimam até que ponto alguém pode ir quando começa a agir violentamente. A denúncia é fundamental, pois a espera pode ser irreparável.

Avaliação: ****
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