segunda-feira, 24 de junho de 2013

Antes da Meia Noite (Before Midnigth)

País: EUA/Grécia
Ano: 2013
Gênero: Romance
Duração: 98 min
Direção: Richard Linklater
Elenco: Julie Delpy, Ethan Hawke e Seamus Davey-Fitzpatrick.

Sinopse: nove anos após os eventos de Antes do Pôr-do-sol, Jesse (Ethan Hawke) e Celine (Julie Delpy) vivem juntos em Paris, ao lado das filhas gêmeas que tiveram. Ele busca sempre manter contato com Hank (Seamus Davey-Fitzpatrick), o filho adolescente que teve com a ex-esposa e que vive em Chicago com a mãe. Quando o casal resolve ir à Grécia com as filhas, Jesse decide também convidar Hank para a viagem. Neste contexto, Jesse segue tentando se tornar um romancista de sucesso, enquanto que Celine considera seriamente a possibilidade de aceitar um emprego junto ao governo francês.

Crítica: como no anterior ‘Antes do Pôr do Sol’, a força do filme está nos diálogos prolíficos que se estendem por longas tomadas. Antes da Meia Noite é o terceiro longa da trilogia iniciada em 1995 com ‘Antes do Amanhecer’, onde fomos apresentados pela primeira vez ao casal formado pelo americano Jesse (Ethan Hawke) e a francesa Cèline (Julie Delpy), que se conheceram num trem na Europa.
Antes da Meia Noite começa com Jesse deixando um aeroporto depois de embarcar o filho para os Estados Unidos e caminhando até um carro. Em pé, encostada na porta do passageiro está uma mulher loira. Não é uma mulher qualquer, é Cèline que o aguarda. Se em Antes do Pôr do Sol a pergunta-chave era se o amor pode sobreviver a um longo tempo de ausência, em Antes da Meia Noite o questionamento é oposto: Pode o amor sobreviver a um longo período de convivência?
Nenhum dos filmes flerta com a realidade como este terceiro. O romantismo aqui deu espaço à rotina. Sim, eles continuam a travar diálogos extensos e cheios de entrosamento e sinceridade, mas havia nos filmes anteriores um quê de inocência. Em Antes da Meia Noite as conversas mudam de tom e ganham uma comunicação mais afiada e amarga, pontuada de críticas mútuas e acusações.
A relação de Jesse e Cèline amadureceu e, talvez, numa relação, isso signifique conduzi-la para um inevitável desgaste. Uma coisa é certa, a história de ambos ao longo desses anos não foi um conto de fadas como o livro que Jesse escreveu sobre os dois fez imaginar seus leitores.
Uma sequência em especial entristece quem acompanhou a história desse casal nas telas. Mesmo quem não viu os filmes anteriores é capaz de sentir a tensão dramática do momento pela excelente encenação dos atores, sempre em sintonia. O casal vai para um quarto de hotel passar a noite enquanto amigos cuidam de suas filhas. Momento incomum na vida cotidiana deles que se transforma em verdadeiro inferno motivado por insinuações e algumas revelações. Entre uma e outra – e isso é corriqueiro no "inferno dos relacionamentos" –, alguém solta uma farpa mais delgada, que fere mais e machuca de verdade. Se serão capazes de se recuperar das feridas, bem, isso você só saberá assistindo ao filme. O amor não é um mar de rosas, é a vida real, mas nela sempre há esperança.


Avaliação: ****

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