O Lugar Onde Tudo Termina (The Place Beyond the Pines)
País: EUA
Ano:
2012
Gênero: Drama
Duração: 140
min
Direção: Derek
Cianfrance
Elenco: Ryan Gosling, Eva Mendes, Bradley Cooper, Ray
Liotta, Alex Pulling, Anthony Pizza, Ben Mendelsohn, Bruce Greenwood, Craig Van
Hook, Cynthia Pelletier-Sullivan, Dane DeHaan, Dante Shafer, Emory Cohen, Ephraim
Benton, Gabe Fazio, Harris Yulin, Mahershala Ali e Rose Byrne.
Sinopse: dublê de piloto de moto rouba bancos para
manter sua amante e seu filho recém-nascido, o que o coloca em rota de colisão
com um ambicioso policial novato, chefiado por um detetive corrupto.
Crítica: Ryan Gosling (de "Drive", "Tudo pelo Poder", "Tolerância Zero") no elenco já é suficiente para
levar muita gente ao cinema, assim como Bradley Cooper (e aqui muito melhor do
que em “O Lado Bom da Vida”, cuja indicação ao Oscar não me pareceu justa). As
atuações estão na medida certa.
Mas o grande sucesso da
trama deve-se mesmo à direção exemplar de Derek Cianfrance, que também dirigiu Gosling
em “Namorados para Sempre”. O diretor volta a brincar com o tempo, mas não no
passado e futuro como no trabalho anterior, porém utilizando-o de forma linear,
mostrando as consequências que os fatos do passado podem gerar futuramente e em
diferentes gerações de uma mesma família.
No início, a obra é um
pouco lenta e você tem a impressão de que assistirá a um filme de estilo alternativo.
Mas essa decisão do cineasta é essencial para que o que vem a ser mostrado
depois e de forma crescente e dinâmica. Temas sociais, novos protagonistas e subtramas
influenciadas pelas ações do passado. Ao todo são três histórias: um homem que,
apesar de buscar fazer algo de bom, termina encontrando a solução de seus
problemas por meio do mundo do crime; outro que vive em um ambiente de
corrupção, mas que permanece acreditando em suas convicções e fará de tudo para
conseguir o que deseja; e dois jovens com personalidades que são produto do
meio em que foram criados e apresentam as consequências dos atos de seus pais.
O roteiro separa os três
mundos de forma inteligente, conforme suas classes sociais. O universo começa
rodeado de um mundo marginalizado, sem conforto para os que vivem nele e depois
passa para um mundo de comodidade. Essa troca acontece quando esses mundos se
cruzam e essa transição é muito bem realizada. O terceiro ato é a junção de
tudo, quando os filhos se conhecem e iniciam uma amizade. Os jovens atuam bem,
mas o terceiro ato é de fato o menos empolgante da obra.
Um projeto talentoso que,
nas mãos certas, só poderia ter um resultado excelente, mesmo com as duas horas
e meia de projeção.
Avaliação:
****
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