terça-feira, 4 de junho de 2013

O Lugar Onde Tudo Termina (The Place Beyond the Pines)

País: EUA
Ano: 2012
Gênero: Drama
Duração: 140 min
Direção: Derek Cianfrance
Elenco: Ryan Gosling, Eva Mendes, Bradley Cooper, Ray Liotta, Alex Pulling, Anthony Pizza, Ben Mendelsohn, Bruce Greenwood, Craig Van Hook, Cynthia Pelletier-Sullivan, Dane DeHaan, Dante Shafer, Emory Cohen, Ephraim Benton, Gabe Fazio, Harris Yulin, Mahershala Ali e Rose Byrne.

Sinopse: dublê de piloto de moto rouba bancos para manter sua amante e seu filho recém-nascido, o que o coloca em rota de colisão com um ambicioso policial novato, chefiado por um detetive corrupto.

Crítica: Ryan Gosling (de "Drive", "Tudo pelo Poder", "Tolerância Zero") no elenco já é suficiente para levar muita gente ao cinema, assim como Bradley Cooper (e aqui muito melhor do que em “O Lado Bom da Vida”, cuja indicação ao Oscar não me pareceu justa). As atuações estão na medida certa.
Mas o grande sucesso da trama deve-se mesmo à direção exemplar de Derek Cianfrance, que também dirigiu Gosling em “Namorados para Sempre”. O diretor volta a brincar com o tempo, mas não no passado e futuro como no trabalho anterior, porém utilizando-o de forma linear, mostrando as consequências que os fatos do passado podem gerar futuramente e em diferentes gerações de uma mesma família.
No início, a obra é um pouco lenta e você tem a impressão de que assistirá a um filme de estilo alternativo. Mas essa decisão do cineasta é essencial para que o que vem a ser mostrado depois e de forma crescente e dinâmica. Temas sociais, novos protagonistas e subtramas influenciadas pelas ações do passado. Ao todo são três histórias: um homem que, apesar de buscar fazer algo de bom, termina encontrando a solução de seus problemas por meio do mundo do crime; outro que vive em um ambiente de corrupção, mas que permanece acreditando em suas convicções e fará de tudo para conseguir o que deseja; e dois jovens com personalidades que são produto do meio em que foram criados e apresentam as consequências dos atos de seus pais.
O roteiro separa os três mundos de forma inteligente, conforme suas classes sociais. O universo começa rodeado de um mundo marginalizado, sem conforto para os que vivem nele e depois passa para um mundo de comodidade. Essa troca acontece quando esses mundos se cruzam e essa transição é muito bem realizada. O terceiro ato é a junção de tudo, quando os filhos se conhecem e iniciam uma amizade. Os jovens atuam bem, mas o terceiro ato é de fato o menos empolgante da obra.
Um projeto talentoso que, nas mãos certas, só poderia ter um resultado excelente, mesmo com as duas horas e meia de projeção.


Avaliação: ****

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